domingo, 19 de dezembro de 2010

Ferida Aberta








Dentro de mim, uma ferida aberta.


A sangrar. Lenta e dolorosamente.


A magoar-me como um punho que aperta.


Um braço. Uma perna. A carne a ficar dormente.




A ferida tem nome de gente.


Mas não posso nem o quero dizer.


Na noite fria choro silensionsamente.


E tudo o que mais quero é esquecer.




É tarde já. Mas nem isso mais importa.


Que durma ou não. Que chore ou não.


Breve, muito breve a carne estará morta.


E tudo não tera passado de um sonho vão.



Cláudia Moreira












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